quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Juventude – Momento de realizações para a vida inteira
Superando dificuldades acadêmicas
Ela estava concluindo o curso de magistério e ficávamos estudando as noites, por muitas vezes em época de prova: íamos até às duas da manhã estudando e assim fui aprovada na quinta e sexta séries do fundamental II.
Quando cursava a sexta série, fiquei na recuperação de cinco matérias e meu pai disse que eu não ia conseguir passa de ano, que eu era “burra” e que não daria para nada mesmo. Estudei muito com Nina para conseguir passar de ano e mostrar para meu pai que eu era capaz. Quando peguei o resultado de que tinha sido aprovada, ansiosa desejava chegar em casa para dizer-lhe que eu tivera passado de ano, quando orgulhosa falei-lhe do meu feito disse-me com desdém “isso é porque a escola pública não reprovava ninguém” e que pro isso haviam me aprovado. Talvez ele tivesse vendo à frente de seu tempo, porém essa não era a prática naquela época.
Resolvi provar-lhe que a escola pública reprovava e no ano seguinte fui para recuperação de três matérias, apesar de já ter decidido no ano anterior, que perderia aquele ano. Fui em tom de desafio mostrar-lhe, que daquela vez estava reprovada e fazendo-o lembrar-se das palavras que me disse no ano anterior e completei dizendo: “A escola pública reprova!” Ele olhou com tranqüilidade e me respondeu: “Tem que ser muito ruim mesmo para ser reprovada até em uma escola pública, mas eu sempre soube que você não daria para nada mesmo.” Aquela reprovação não o deixou abalado nem preocupado realmente parecia que ele já esperava com tranqüilidade aquele resultado e isso, mais uma vez me fez experimentar a desvalorização.
Eu e Nina conversamos muito sobre isso e entendi que não importava o que eu fizesse para meus pais eu seria sempre uma incompetente, o que eu precisava era a partir daquele momento, desistir de querer provar alguma coisa para os outros e viver da maneira que seria bom para mim, buscando conquistas pessoais e sentir-me capaz para construir a minha história.
Acredito que essa foi uma grande conquista, pois descobri que eu precisava construir minha própria identidade e caminhar em busca do meu futuro, bastava apenas, eu acreditar nisso e em mais ninguém, uma descoberta bem madura para uma adolescente de 13 anos de idade, mas eu sempre encontrei o incentivo sincero e amigo de Nina a qual eu denomino como uma Grande amiga.
...Era a de não apenas estar no mundo, mas com ele. A de travar relações permanentes com este mundo, de que decorre pelos atos de criação e recriação, o acrescentado na realidade cultural. E de que, nestas relações específica – de sujeito para objeto – de que resulta o conhecimento, que expressa pela linguagem.[1]
[1] FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. p.104-105.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Adolescência – superação de traumas e descobrindo-me capaz
História de Vida - Parte III
Nina, uma grande amiga!
Nina foi uma menina que conheci na adolescência tinha aproximadamente 13 anos, ela jogava bem futebol, já tinha jogado em um time profissional, era bem mais velha e muito inteligente, era negra, magra e morava bem perto da minha casa. Rapidamente nos tornamos muito amigas, poderia dizer sem medo de errar a melhor amiga que já tive. Conversávamos muito. Ela costumava a dizer que eu era muito madura para minha idade e que me considerava inteligente, assustava-me com essas falas. Eram diferentes de tudo que eu tinha ouvido durante a minha vida, de tanto ela falar acabei acreditando e com isso, pouco a pouco fui recuperando minha alto estima.
Nina sempre costumava ouvir muito o que eu dizia e por muitas vezes contava para ela a minha história, os traumas e as marcas que estes acontecimentos deixaram em mim, diria que Nina era uma espécie de “Psicanalista casual” que Deus colocou em minha vida para me ajudar a curar as feridas. Enquanto falava, eu também ouvia, ia reconstruindo impressões e pouco a pouco me aceitando, amando-me e crescendo.
Hoje posso avaliar a importância dessa amizade em minha vida e gostaria de deixar aqui uma homenagem registrada, não somente a Nina, mas a todos que realmente investem em amizades e ajudam com este ato doador a formar pessoas melhores!
Porém, nossa amizade não era só de coisas serias, éramos adolescentes e brincávamos muito de: futebol, de fura pé, baleou, handebol (esporte que sou apaixonada e pratiquei durante 5 anos diariamente, chegando a jogar em dois times oficiais), íamos ao cinema, festas, e muitas outras coisas. Andávamos tanto juntas que por algumas vezes meus pais nos acusavam de homossexualismo.
Lembro-me dos meus quinze anos, sempre idealizei que essa data seria marcante para mim, e que seria comemorada com uma grande festa, mas, essa festa não aconteceu e fiquei triste por isso, Nina então disse vamos fazer algo para marcar esse dia para o resto de sua vida, que tal fugir de casa e fazer uma viagem? Achei a idéia interessante e começamos a planejar o que faríamos.
Naquele dia, saímos cedo de casa e falamos a meus pais que íamos a um chá de cozinha de uma amiga de Nina, mas fomos até o ferri-boat e fizemos a travessia Salvador- Itaparica , foi uma viagem marítima aventureira com o gosto de liberdade e desafios, chegando lá resolvemos pegar um transporte alternativo, ir para a ilha de Mar Grande, pois assim seria mais fácil voltar de lancha para Salvador. Passamos o dia rindo e conversando, em um momento vi um tio passando bem perto e tivemos que correr para nos esconder, para que ele não nos visse, foi mais uma tensão naquele dia marcado de aventuras. Quando resolvemos voltar para casa era final de tarde, a lancha era uma embarcação pequena que virava com o vai e vem das ondas do mar e às vezes entravam água com o balanço da embarcação. Chegamos em Salvador enjoadas e tontas, mas, felizes e realizadas, visto que tínhamos conseguido marcar aquele dia para o resto de nossas vidas.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
História de vida
Crise e preconceito (Ver ou enxergar )
O dia-a-dia em sala de aula logo foi revelando as minhas limitações em relação aos demais alunos e à perspectiva da escola. Neste período: décadas de 70 e 80 a educação era marcada pela linearidade, entendia-se por ensinar fazer o aluno escrever repetidas vezes no caderno o que a professora escrevia no quadro e para mim esta era uma tarefa muito difícil, praticamente impossível. Sempre me sentava na primeira carteira, logo à frente, próxima da professora, as carteiras eram conjugadas, mas não conseguia acompanhar o rendimento da turma, sempre estava atrasada e quase sempre não conseguia cumprir com as atividades. Não demorou muito e as críticas começaram e com esta, também a discriminação. Lembro-me de tentar copiar do colega do lado e ele colocar o seu braço na frente do caderno, para que eu não copiasse dele, às vezes, eu me levantava e tentava copiar o quadro com o caderno apoiado na parede junto ao quadro, mas a professora não gostava, pois ficava atrapalhando o movimento dela na sala de aula. As minhas letras eram grandes, feias e quase sempre escrevi acima da pauta do caderno. A professora algumas vezes, pegava o meu caderno e levantava à frente da sala para exemplificar como não deveria ser feito. Sua fala era mais ou menos assim: “Isso é letra de gente? Que coisa horrível! Para que serve a margem? Você não está enxergando que não está sobre a margem?” O meu sentimento era de incompetência, e naquele momento, eu não seria capaz de expressar este sentimento, então ficava calada, praticamente, durante todo o tempo.
Durante este período já vivia problemas em casa. Meu pai estava cada dia bebendo mais e eu tinha medo dele, ele tornou-se um homem muito agressivo, qualquer atitude que ele não aprovasse era motivo para nos bater. Lá em casa tinha uma palmatória (um artefato de madeira com a ponta arredondada que era usada para bater em crianças) nos juntamos, eu e os meus irmãos, para jogá-la fora, mas tínhamos muito medo da resposta de “painho”, quando descobrisse. Resolvemos escondê-la. Decidimos que, se as coisas se complicassem... “acharíamos” a tal palmatória e devolveríamos para ele. Um dia, quando ele procurou e não a encontrou disse que isso não nos impediria de tomar a tal surra, saiu e pegou um escovão de engraxar sapatos com a base em madeira e todos os três apanhamos muito, não me lembro nem o porquê da surra, só sei que elas eram cada vez mais freqüentes. Certo dia, neste período eu deveria ter 8 anos, Iuri 10 e Ivana 6, estávamos jogando dominó à mesa da sala, de repente painho chegou e disse que deveríamos acabar com o jogo (ele estava embriagado naquela noite, como de costume), ao guardar as pedras percebemos que faltava uma e ele disse que tínhamos que achar a pedra do dominó que faltava senão todos íamos apanhar. Nervosos procuramos e não a encontramos. Ele pegou uma raquete de madeira de jogar ping pong e começou por Iuri que tomou 6 bolos, três em cada uma das mãos e fui a segunda que também tomei os 6 bolos, lembro-me de que o mais difícil não era suportar a dor, que era muito grande, mas era terrível ter que abrir a mão para que ele batesse, a sensação de impotência nos fazia ter consciência que a palmatória não era o nosso maior problema. Ele sempre arrumaria um jeito, Ivana seria a terceira, após o segundo bolo a raquete quebrou ao meio, não resistindo com o impacto em nossas mãos.
Era doloroso para mim, tão criança, compreender por que as coisas eram daquele jeito. Tornei-me uma criança insegura, medrosa. Sentia-me incapaz e isso se agravava com a realidade vivenciada na escola.
Estava na segunda série primária e todos os anos eu fazia recuperação de todas as matérias, não conseguia boas notas e era discriminada por todos na sala, à exceção de uma menina que se chamava Natalina, ela era a única criança da sala que sentava ao meu lado. Ríamos juntas, Natalina também era muito descriminada pelo restante da sala, pois tinha um problema nas mãos que a fazia suar sem parar, não era pouco o suor, ela sempre estava com um lenço nas mãos, mas, mesmo assim seu caderno era todo borrado, molhado, manchado, às vezes chegava a furar por causa da umidade e a professora também usava o caderno dela para dizer como não deveria ser um caderno de criança.
Naquele ano aconteceu algo que marcaria toda a minha vida, minha mãe tinha posto um lanche em minha merendeira, de que eu gostava muito e fui à escola ansiosa para que chegasse a hora do intervalo para lanchar. Quando tocou a sirene do recreio rapidamente abri à merendeira e alguns meninos viram o delicioso sanduíche que minha mãe tinha feito, o nome deles era Raulindo e o outro André, eles pularam em meu lanche e a minha resistência foi inútil, pois comeram-no, tudo isso aconteceu diante dos olhos da professora, que não interveio, apesar dos gritos que dei pedindo ajuda. Triste, fiquei quieta até o fim da aula, quando finalmente meu irmão chegou para me buscar (Iuri tinha apenas 9 anos de idade, mas íamos juntos e sozinhos para casa, que não ficava longe da escola), todos os colegas ainda estavam na sala e a professora Lúcia, chamou Iuri à frente da sala e disse para ele: “ Diga para sua mãe, levar esta menina ao médico para fazer um exame na cabeça. Ela não é normal, essa menina é louca”, todos riram, inclusive meu irmão. No caminho de casa meu irmão ia me abusando, brincando (uma ação tipicamente de criança) e cantando assim: “Você é maluca, você é maluca!” Eu comecei a chorar, mas, agora para mim tudo fazia sentido, lembro-me claramente deste momento, comecei a pensar: “Então é por isso que não consigo ser igual aos outros colegas, sou doente da cabeça e a professora que sabe de tudo, sabe disso”, era uma sensação de descoberta e profunda tristeza, mas agora eu sabia que não adiantava tentar, eu sempre seria inferior aos demais colegas. A partir deste dia, eu não mais me importava, quando os colegas de sala riam de mim ou quando a professora pegava meu caderno para falar como ele era feio, tornei-me passiva e as notas pioraram ainda mais.
Durante a terceira e quarta séries tive uma nova professora e eu gostava dela, seu nome era Valdimira. Uma vez, eu a ouvi conversando com a “pró” Lúcia, que perguntava: - Não entendo como essa criança pode estar na quarta série com tanta defasagem. Valdmira respondeu: – Não posso fazer nada, se ela obteve nota na recuperação. Ouvir isso me fez sentir orgulho de ser capaz.
Durante a quarta série, muitas coisas aconteceram que começaram a mudar minha história. Meu irmão tinha apresentado um problema nos olhos, pois sempre estava lacrimejando e minha mãe resolveu marcar um oftalmologista para todos os filhos de uma só vez. Primeiro, o oftalmologista consultou Iuri, que não tinha problema algum de visão, o médico receitou um colírio para ele, depois foi a minha vez, o médico ficou bravo quando me examinou e falou duro com minha mãe, “a senhora nunca percebeu que essa menina tem problema de visão? Ela nunca foi a um oftalmologista antes?” Não! _ respondeu minha mãe. Ela sempre assiste à televisão com a cadeira junto a TV, mas sempre achei que era porque ela tinha preguiça de levantar para mudar de canal _concluiu minha mãe. O diagnóstico do médico revelava minha deficiência, não mental, mas, visual. Ele disse que muito provavelmente eu já havia nascido míope, porém, por não ter usado óculos minha miopia se agravou de maneira degenerativa e com 7 anos eu já havia perdido cerca de 30% da visão do olho esquerdo e apresentava ainda miopia alta e astigmatismo que se somavam a um estrabismo visível e tornava minha visão extremamente limitada, o que no futuro me levaria a fazer duas cirurgias, e comprometeria minha visão pelo o resto da vida.
Mas, aquela notícia fez-me perceber mais do que a qualidade de visão que no momento eu tinha com os óculos, pude entender que todas as crianças tinham uma visão melhor e isso justificava como elas conseguiam copiar tão rapidamente do quadro as atividades, e finalmente eu passei a enxergar as linhas do caderno, percebi que não precisava escrever tão grande para ler depois e isso fez com que eu me sentisse melhor, mais capaz e quem sabe “Normal”.
Bons professores têm uma boa cultura acadêmica e transmitem com segurança e eloqüência as informações em sala de aula. Os professores fascinantes ultrapassam essa meta. Eles procuram conhecer o funcionamento da mente dos alunos para educar melhor. Para eles, cada aluno não é mais um número na sala de aula, mas um ser humano complexo, com necessidades peculiares.[1]
É preciso discutir a atitude dos meus professores e até mesmo dos meus pais em função do fato ocorrido. Primeiro, eles enxergavam menos do que eu, pois com olhos saudáveis não foram capazes de perceber a minha deficiência visual. Segundo, a atitude que tiveram no que se refere ao papel de educadores, prejudicou boa parte de minha formação acadêmica e moral, diante dos estigmas que foram colocados sobre mim. Prefiro deixar por conta dos leitores outras possíveis considerações sobre o fato, reconhecendo que posso ser tendenciosa em avaliar os fatos ou até mesmo injusta com as partes em questão.
[1] CURY, Augusto. Pais brilhantes, Professores fascinantes: A educação de nossos sonhos: formando jovens felizes e inteligentes. P. 57
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Saudades! - História de vida (Parte 1)
Dizem que só o brasileiro sabe o que é saudade, vocábulo não traduzido para outros idiomas, porém, a verdade é que todos nós desde pequenos sabemos o gosto amargo que ela deixa.
Relembrar o passado é viver outra vez ou quem sabe reescrevê-lo, aprender com a vida as lições de sabedoria, aprender a não repetir os erros e fazer ainda melhor os acertos, tornando-se mais maduro e seguro.
No passado tive o privilégio de escrever minha história de vida, refletindo sobre minha educação básica e formação acadêmica, discutindo, indagando comigo mesma e com a vida parte do processo já vivido e vou contar para vocês os meus segredos; publicarei parte desta reflexão em capítulos, para você reviver comigo essa história...
- Descobrindo o mundo da escola:
Comecei a estudar aos cinco anos de idade. Lembro-me do primeiro dia... A escola era um espaço novo, grande e eu tinha a expectativa de poder fazer amigos e de brincar muito. Parecia que era um ambiente de crianças, afinal elas eram a maioria ali. Quieta, muito tímida permanecia observando aquela movimentação, sentia-me atraída pelo novo, apesar da insegurança enorme que prevalecia. Logo na mesma semana, vivi meu primeiro grande trauma: era aula de educação física e para mim parecia a mais legal de todas, afinal nesta aula as crianças corriam, jogavam bola, brincavam de roda e o uniforme era diferente para este dia e eu achava mais bonita, era uma saia pregueada de tergal azul marinho, com uma fofoca por baixo (fofoca era um short folgado com um ajuste nas pernas) e uma blusa branca. Naquele dia fui animada para a escola seria minha primeira aula de educação física, mas quando minha mãe foi comprar a farda da escola não tinha a fofoca do meu número, assim coloquei minha farda de educação física e por baixo da saia vesti um short azul que tinha e fui à escola, chegando lá minha mãe foi à secretaria ver se já tinha chegado a fofoca com minha numeração para que eu pudesse fazer a aula, mas não havia chegado à farda e fui proibida de fazer aula sem a farda completa. Ainda posso lembrar daquele momento, chorei muito, acho que durante a aula toda, fiquei ali no pátio olhando todas as crianças da minha turma brincando, rindo e eu não podia participar daquele momento. Meu sentimento era de rejeição, excluída da melhor parte da escola e por algumas semanas este episódio se repetiu, duas vezes por semana.
Gostaria de abrir aqui um parêntese para discutirmos o fato pedagogicamente. Qual é o papel da escola? Excluir ou incluir? Qual a necessidade real do fardamento naquele momento? Levando-se em conta que a falta do fardamento não representava ali uma opção, ou uma tentativa de me rebelar contra os princípios da escola e, sim, uma limitação da própria escola em fornecer o fardamento. Acredito que a instituição “escola” e também os educadores precisam definir prioridades no processo ensino-aprendizagem, o que é mais importante e entendo que a prioridade deve ser sempre a formação do ser humano, como diz o educador Paulo Freire em sua poesia:
A Escola
Escola é... o lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente, cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”. Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se “amarrar nela!”.
Ora, é lógico... Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educa-se,
Ser feliz. [1]
Alguns anos já se passaram desde o episódio do uniforme, porém sabemos que ainda são muitos os que hoje exercem funções de educadores, sem ainda possuírem a clareza do seu papel docente. Às vezes entro em crise, achando que nunca será possível mudar essa realidade frustrante da educação no Brasil e satisfaço-me com a oportunidade de fazer a minha parte e ter a certeza de que não estou só.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Fé e fé
sábado, 7 de janeiro de 2012
O ônus do preconceito
- O mercado de trabalho é mais fácil para o negro ou para o branco ?
- Os melhores salários são atribuídos aos homens ou às mulheres?
- São mais respeitados em ambientes públicos o sulista ou o nordestino?
- Quem é mais inteligente, o rico ou o pobre?
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Achados e Perdidos
Achamos a liberdade de expressão; Perdemos o respeito ao outro.
Achamos a lua; Perdemos a água do planeta terra.
Achamos a imagem virtual; Perdemos a noção do que real.
Achamos métodos anticoncepcionais; Perdemos os limites entre a sexualidade e a dignidade.
Achamos que o progresso esta no novo; Perdemos a consciência de respeitar os mais velhos.
Achamos a informação globalizada e rápida; Perdemos a reflexão e a criatividade.
Achamos as industrias bélica; Perdemos muitas vidas.
Achamos que crescemos; Perdemos a capacidade de ser como uma criança.
Ione Lobo