Graça: uma abordagem da teologia paulina
Tenho estado junto a
Igreja evangélica no Brasil desde 1988, durante este tempo tenho observado que
os ventos doutrinários vêm e vão com certa freqüência. Mas, doutrinas que
evidenciam a base da fé cristã como a definição de Paulo sobre a Graça de
Deus ainda é uma abordagem sutil em nossas igrejas e polemicas entre
nossos espaços teológicos. Apesar da briga histórica entre católicos e
protestantes; entre Judeus e Cristãos; entre Pedro e Paulo... Para definir que
o Evangelho da Graça é o cerne do cristianismo, é a mais clara transformação do
pensamento religioso trazido por Jesus, o Cristo. Os cristãos ainda desconhecem
esta doutrina.
Paulo ao escrever a
carta ao cristãos na Região da Galácia tinha duas preocupações básicas:
1.
- Defender seu apostolado.
- . Diferenciar o Judaísmo do Cristianismo: definir o Evangelho ( as boas novas) da graça de Deus.
No texto de Galátas
1:9
Assim como
já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele
que recebestes, seja anátema
Vemos a preocupação de Paulo para que não fosse substituída esta boa
nova, por qualquer outra abordagem.
Paulo estava
preocupado com a rapidez com que os gálatas estavam aceitando um evangelho
falso. O uso da palavra “graça”, revela
que existia uma incompreensão e uma correlação a “lei”.
A implicação é que os
gálatas, com um evangelho diferente, estavam saindo da graça para a qual tinha
sido chamado e mantendo-se presos a lei como instrumento de agradar a Deus e
conquistar salvação.
Paulo afirma
em Gálatas 2:16 que :
Sabendo que
o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo,
temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo,
e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será
justificada.
Assim fica a definição
doutrinaria que ninguém é salvo pela bondade nas suas ações, por quanto dos
mandamentos consegue cumpri ou mesmo se foi batizado ou circuncidado ou
participado de qualquer ritual de purificação. Salvação é um ato da Graça de Deus, uma demonstração altruísta do
amor. Cristo se faz homem e habita entre nós, vive sem pecado como homem para
nos ensinar a ser homem dentro do
projeto perfeito do Criador e finalmente morre, uma morte remidora, redentora, sacrificial
para dá ao ser humano o perdão dos pecados.
Com a sua morte o
preço do pecado foi pago e agora Ele, e somente Ele pode levar o ser humano a
justificação e a vida eterna por isso ele afirma em João 14: 6:
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a
vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Nada podemos ou
devemos fazer para ser salvo, tudo já foi feito de forma assombrosa, Ele, Jesus
morreu pelos nossos pecados. Ele morreu a nossa morte e nos deu sua Vida. Hoje
qualquer um que tiver um encontro verdadeiro com Jesus e experimentar o milagre
do novo nascimento, momento em que o Espírito de Deus vem morar em nosso
espírito e faz parte conosco e nós passamos a fazer parte do seu corpo (I cor
12). Somos salvos, somos seus e Ele é nosso, nosso Deus e Pai. Temos a sua
Graça, de graça, por graça Ele fez tudo que era necessário fazer.
Isso não significa que
devemos ou podemos ter uma vida de erros, contrários a Deus. Isso significa que
a bondade, a fé, a mansidão, o domínio próprio, o amor, a sabedoria, a paz que
excede todo o entendimento é fruto do Espírito de Deus. É porque Ele esta em
nós, porque Ele age em nossas vidas, que é possível essas ações em nossas vidas.
Porque o fruto do Espírito está
em toda a bondade, e justiça e verdade
(Ef. 5: 9)
(Ef. 5: 9)
Paulo entendia o que é
ser uma nova criatura e afirmou em II Cor. 5: 17
Assim que, se alguém está em
Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez
novo.
Queridos vivam
plenamente o evangelho da GRAÇA de Deus em suas vidas, sabendo que somos livres
do pecado, livres da lei, livres para viver uma nova vida em Cristo, para que
os frutos do Espírito sejam intensamente expressos em nós, porque somos NOVAS
CRIATURAS.
Fiquem na PAZ de
Cristo;
Ione Lobo
MARAVILHOSA GRAÇA!
ResponderExcluirMaravilhosa a sua explanação, Ione!
Amo ler os seus textos! Quase me converti ao cal...rsrsrsrs!
"É preciso que o Evangelho de Cristo faça parte do nosso interior, porque senão não existirá espontaneidade, não é vivido, mas observado. Se vivermos um Evangelho objetivamente, a mensagem será solidificada em dogma, por não fazer parte da nossa vida como cristãos". (A Graça do Evangelho - TCC - Soane Leite - IBM)
Amém!
ResponderExcluirO nosso maior problema é justamente esse: Vivemos um Evangelho objetivo e não subjetivo. É algo que tornou-se apenas exterior, e não mais interior, na essência. É tão superficial que Paulo chegou a dizer: Vocês são templos do Espírito Santo de Deus. Mas hoje, apenas visivelmente, muitos são "cristãos", templos. Mas interiormente estão como Cristo dizia aos fariseus: "São sepulcros caiados, a aparência externa está impecável, mas a interior, cheia de mortos e podre.".
ResponderExcluirQue Deus tenha misericórdia de todos nós, conscientizando os que estão nessa "armadilha" do Evangelhos Exterior, e fortaleça os que não entraram por esse caminho, para que vivam o verdadeiro Evangelho Interior, o Evangelho da Fé.
Amém!